As chuvas e o granizo estão chegando na Paraíba!

Em três cidades da Paraíba foram registradas chuvas de granizo neste fim de semana e ainda choveu em pelo menos 89 municípios do estado, de acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa). Em Juazeirinho, Riacho de Santo Antônio e Caraúbas houve este tipo de precipitação.

“Morei por dois anos em Caraúbas e sempre visito. Sei da forte seca que assola essa região. Sem Dúvida alguma isso tudo só pode ser resultado das orações e Clamores do Povo de Deus. Minha oração é para que essas chuvas sejam duradouras e que elas cheguem aos outros estados do Nordeste”. Disse o missionário Jader Medeiros.

O açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, recebeu a maior recarga de água do ano para um único dia. Segundo a Aesa, os maiores índices pluviométricos foram em Paulista (146mm), Catolé do Rocha (105mm), Boqueirão (96,7) e Brejo do Santos (96,5). As principais chuvas atingiram o Cariri e Sertão do estado.
“O sistema meteorológico registrou um ‘vórtice ciclônico de altos níveis’. Dependendo de sua localização, ele traz chuvas e foi bem favorável essa corrente para a nossa região, principalmente no Cariri e Sertão”, disse a meteorologista Marle Bandeira.

Chuva de Granizo em Caraúbas – PB. Essa é uma das cidades do Projeto – 14 do Ministério Conexão ide.

Quanto à chuva de granizo, a meteorologista explica que também foi provocada pelo mesmo fenômeno. “A chuva foi por causa disso, pouca umidade com altas temperaturas contribui para as nuvens se intensificarem e ocasionarem as gotículas de água transformando-se em pedras de gelo e precipitando em forma de granizo”, explicou Marle.

Também choveu granizo em Juazeirinho, no Cariri da Paraíba (Foto: Divulgação/Aesa)

O açude de Boqueirão, que estava com apenas 41,1% de seu volume, recebeu uma quantidade de água considerada significativa pela Aesa. A lâmina subiu 7cm e o manancial recebeu 2 milhões de metros cúbicos de água. “Foi a maior recarga do ano em um mesmo dia. É bem significante, a recarga nos animou, mas o período não é para isso. Só teremos um levantamento amanhã, quando escoar a água dos rios”, explicou o gerente de bacias hidrográficas Lucílio Vieira.
A Aesa apontou ainda um aumento na lâmina de água de 40cm no açude de São Domingos do Cariri, de 10cm no açude Carneiros em Jericó. A previsão é de que continue a acontecer chuvas isoladas no fim da tarde desta segunda-feira.
Vale lembrar que…

Conforme explica Lúcia Gaspar, Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco, A Seca é “um fenômeno natural, caracterizado pelo atraso na precipitação de chuvas ou a sua distribuição irregular, que acaba prejudicando o crescimento ou desenvolvimento das plantações agrícolas. O problema não é novo, nem exclusivo do Nordeste brasileiro. Ocorre com freqüência, apresenta uma relativa periodicidade e pode ser previsto com uma certa antecedência. A seca incide no Brasil, assim como pode atingir a África, a Ásia, a Austrália e a América do Norte. No Nordeste, de acordo com registros históricos, o fenômeno aparece com intervalos próximos a dez anos, podendo se prolongar por períodos de três, quatro e, excepcionalmente, até cinco anos. As secas são conhecidas, no Brasil, desde o século XVI. A seca se manifesta com intensidades diferentes. Depende do índice de precipitações pluviométricas. Quando há uma deficiência acentuada na quantidade de chuvas no ano, inferior ao mínimo do que necessitam as plantações, a seca é absoluta. Em outros casos, quando as chuvas são suficientes apenas para cobrir de folhas a caatinga e acumular um pouco de água nos barreiros e açudes, mas não permitem o desenvolvimento normal dos plantios agrícolas, dá-se a seca verde.

Essas variações climáticas prejudicam o crescimento das plantações e acabam provocando um sério problema social, uma vez que expressivo contingente de pessoas que habita a região vive, verdadeiramente, em situação de extrema pobreza.

A seca é o resultado da interação de vários fatores, alguns externos à região (como o processo de circulação dos ventos e as correntes marinhas, que se relacionam com o movimento atmosférico, impedindo a formação de chuvas em determinados locais), e de outros internos (como a vegetação pouco robusta, a topografia e a alta refletividade do solo)”.

Logo, torna-se necessário o investimento em ações permanentes para preparar-se para esse período que sempre vem. Ações como perfuração de poços, instalação de caixas e barragens e projetos auto sustentáveis.

Com G1